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quinta-feira, 21 de julho de 2011

BENEFÍCIOS E USOS - HIBISCUS sabdariffa


Descrição Botânica:
Hibiscus sabdariffa L. é um arbusto perene da Família das Malváceas que pode atingir cerca de 2 a 3 metros de altura. Pertence ao gênero Hibiscus, que compreende cerca 200 espécies de plantas. De origem africana e asiática, é conhecida popularmente como hibisco, hibiscus, rosela, groselha, azedinha, quiabo azedo, caruru-azedo, caruru-da-guiné e quiabo-de-angola, além de receber outros nomes como cardadé, rosa da Jamaica, té de Jamaica (espanhol); red sorrel ou Jamaica sorrel (inglês); cardade (italiano); afrikanische malve (alemão) ou roselle (francês). Existem seleções com maior ou menor quantidade e tamanho de folhas, nas cores verdes ou avermelhadas. As flores apresentam os dois sexos na mesma flor (hermafroditas). As flores são axilares, formadas ao longo da haste da planta e podem ser amarelo-pálidas, rosa-arroxeadas ou purpúreas. Os cálices são carnosos e vermelhos, com mais ou menos 2 centímetros de comprimento, e recobrem os frutos ovais onde estão as sementes. Lembrando que este hibisco não é o hibisco ornamental tão comum nos jardins do Brasil, conhecido popularmente como hibisco-da-china ou rosa-sinensis.

Benefícios e usos:
A ação diurética do hibiscus transformou a planta numa grande aliada das mulheres na luta contra uma inimiga implacável: a celulite. O chá preparado a partir do cálice do hibiscus ajuda a diminuir a retenção de líquidos, uma das responsáveis pela formação e agravamento da celulite.
Já o poder antioxidante do hibiscus também tem explicação: as boas doses de antocianinas, que são pigmentos dão uma variedade de cores atrativas de frutas, flores e folhas que variam do vermelho ao azul. São da classe dos flavonoides e responsáveis pelo potencial antioxidante das frutas vermelhas.
O chá de hibiscus ganhou uma fama adicional recente: a de emagrecedor. Isso porque, a exemplo do chá verde, ajuda a estimular o metabolismo, tem ação digestiva e diurética, ajuda a reduzir o colesterol ruim. No caso do hibiscus há também a propriedade de auxiliar a reduzir as taxas de lipídios e glicose totais no sangue, colaborando na prevenção do desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Alguns estudos sugerem que o Hibiscus sabdariffa, mediante vários mecanismos, ajuda a normalizar a pressão arterial, funcionando também como um excelente diurético.


O chá de hibisco não é amargo. Tem sabor suave de framboesa – dá até para sentir aquele azedinho da fruta – As diferentes partes da planta têm várias utilidades. As folhas são ricas em vitaminas A e B1, sais minerais e aminoácidos. Quando ainda estão bem jovens e tenras, as folhas podem ser consumidas em saladas cruas; depois, um pouco mais velhas podem ser refogadas ou se tornar um ótimo ingrediente para o preparo de cozidos, sopas, feijão e arroz. O cálice vermelho tem um sabor azedinho e contém ácidos cítricos, hibístico, málico e tartárico. O cálice pode ser usado na fabricação de geléias, doces, picles, vinho, vinagre, sucos e também no preparo de um excelente chá. Para o preparo do suco são utilizados os cálices crus ou cozidos, que são triturados no liquidificador com água, depois é só coar e adoçar a gosto. O cálice triturado é aproveitado para o preparo de geléia ou doce. Já o chá é obtido a partir do cálice seco à sombra. As sementes possuem 17% de óleo e 25% de proteína. Além de proporcionar vários efeitos positivos no organismo: estimula a queima de gordura corporal, facilita a digestão, regulariza o intestino e combate a retenção de líquido. Ou seja, é um aliado e tanto na perda de peso. 

O que dá esse poder ao hibisco? Sobretudo a alta concentração de antocianina – pigmento da família dos flavonoides –, que tem ação antioxidante (tira boa parte dos radicais livres de cena) e antiinflamatória (combate a inflamação das células, permitindo que elas voltem a exercer totalmente suas funções). Resultado: “O organismo deixa de acumular toxinas – substâncias inimigas que dificultam o emagrecimento”.
Outras substâncias (enzimas e mucilagens) presentes na planta agem em áreas diferentes. No estômago, facilitam a digestão; no intestino, impedem parte da absorção do carboidrato e da gordura dos alimentos; e nos rins, anulam temporariamente a ação do hormônio antidiurético, quando o organismo aproveita para se livrar do excesso de líquidos. Ainda não acabou: “O hibisco tem vitamina C, que diminui a pressão na parede dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação, e cálcio, mineral importantíssimo para os ossos e um facilitador na perda de peso, segundo estudos recentes”.
“O chá de hibisco é feito das flores e botões do Hibiscus sabdariffa, espécie diferente daquela ornamental, comum nos jardins”, fique atento ao comprar.
Outro detalhe: o chá sozinho, você sabe, não faz milagre. Ele deve ser associado a uma alimentação saudável. E não adianta tomar um chazinho para livrar o organismo das toxinas e comer alimentos superindustrializados.

Além do chá de hibisco (1 litro ou 5 xícaras por dia), beba água (no mínimo 1 litro) no intervalo das refeições.

Modo de fazer o chá:

Leve um 1 litro de água ao fogo. Assim que começar a levantar as primeiras bolhinhas, acrescente 2 colheres (sopa) cheias do hibisco seco. Desligue o fogo, tampe e deixe descansar por 5 minutos a 10 no máximo. Coe em seguida. Evite voltar a aquecer para não diminuir os efeitos terapêuticos da planta.

+ Ervas para acelerar a dieta

Cavalinha e Alfafa aumentam os efeitos do hibiscus e o resultado na cintura aparece mais rápido. Para isso, faça o chá com 1 litro de água, 1 colher (sopa) de hibisco e 1 colher (sopa) de cavalinha: erva com ação diurética ou 1 colher (sopa) de alfafa: erva com ação antioxidante




Cultivo:
Por se tratar uma planta adaptada ao clima quente, se desenvolve bem em temperaturas superiores a 21ºC. O solo ideal para o cultivo deve ser bem drenado, profundo e com alto teor de matéria orgânica. Quanto à adubação, recomenda-se apenas adubo orgânico, sendo indicado colocar 2 litros de composto orgânico ou húmus de minhoca por cova antes do plantio. À medida que a planta for se desenvolvendo, podem-se fazer adubações de cobertura utilizando os mesmos adubos, só que desta vez colocando-os a 10 cm do colo da planta. Não há necessidade de usar agrotóxicos em nenhuma fase do cultivo.


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